segunda-feira, 19 de novembro de 2012

02 de Novembro: Festa no cemitério da Associação Polonesa de Águia Branca


02 de Novembro: Festa no cemitério da Associação Polonesa de Águia Branca

Calma!
É festa do encontro, da memória, da saudade.
Em nenhum outro dia, em Águia Branca, polônicos de tantas partes do Brasil se encontram de maneira tão expressiva.
Na semana que antecede este dia é um corre-corre danado.
- É hora de preparar os túmulos para que no dia de finados estejam bem bonitos, pois nossos antepassados merecem e vem muita gente de vários lugares!
- Será que vem fulano? Será que vem sicrano?
É o que se escuta dentre aqueles que, com vassouras e rodos nas mãos, capricham na limpeza dos túmulos de seus parentes e até daqueles túmulos que parecem abandonados. Nenhum pode ficar sujo.
Chega o dia! Logo cedo, entre cinco e seis horas da manhã, morro acima, forma-se uma procissão de mulheres, homens e crianças. As mãos estão cheias de vasos de flores coloridas, que foram escolhidas dentre as mais belas; coroas e velas completam o cenário. É hora de arrumar tudo logo cedo para que, na hora da missa e da bênção dos túmulos, esteja tudo pronto.
Aos poucos, o que parecia um lugar feio, cinza, vai se tornando um jardim, muito bem cuidado. Todos os detalhes foram lembrados: a vela precisa ficar acesa o dia todo; as flores precisam ficar bem dispostas, mas não podem cobrir o nome do falecido...
As horas passam. Muitas pessoas vão chegando.
Ao contrário de antigamente, onde a maioria falava em polonês, hoje se escuta um tímido dziem dobry, raramente seguidos de um Jak sie masz. Mas o sorriso e o abraço que se seguem confirmam que há algo mais do que um simples e frio encontro: é o sangue que fala mais alto! São as raízes e a mesma história vivida por eles e por seus antepassados em Águia Branca que nesta hora vem à tona!
É tempo de rememorar a vida, que não acabou com a morte daqueles que ali estão sepultados, mas teve continuidade naqueles que vieram deles.
E assim, aos poucos, vão chegando carros e mais carros do Rio de Janeiro, da Bahia, de Minas Gerais e de tantos outros lugares do Espirito Santo.
O local onde está localizada a Capela o Cemitério dos Poloneses vai se tornado, sem demagogia, um pedaço da Polônia em Águia Branca, mesmo sabendo que a grande maioria dos que ali estão não falam polonês, mas tem o mais importante: o orgulho de serem descendentes de um povo que sem medo e com muita bravura fundaram este lugar.
Também faz parte desta grande família aqueles que, pela força do destino, se tornaram polônicos, ora porque se casaram ou foram adotados por estes.
O depoimento que segue, da Luiza Lacerda, confirma:
- Não sou descendente de poloneses, porém fui adotada pela família Jacentick que mantém essa cultura viva e sempre me levou ao cemitério em finados, sempre presente nas reuniões da Associação. Criei um carinho e admiração pela cultura polaca e hoje sou apaixonada! Luiz Carlos Cuerci Fedeszen, parabéns pelo trabalho desenvolvido e desde já me coloco à disposição para ajudar a manter essa cultura viva!!! Parabéns, e que Deus abençoe esse povo, isso é Águia Branca, terra que a gente tanto ama!
É por isso que digo sem ressalvas que no Dia de  Finados  tem Festa no Cemitério da Associação Polonesa de Águia Branca.
Duvida?
Venha conferir!!

(Texto escrito por Luis Carlos Cuerci Fedeszen)



























quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO POLONESA


 ORLE OKO          

A Associação Polonesa de Águia Branca, criada em 1975, tem a satisfação de, a partir deste mês, publicar o informativo “ORLE OKO”, que em polonês significa “OLHO DA ÁGUIA”. Queremos não só levar informação, mas também divulgar e promover a cultura polonesa em Águia Branca, despertando nos descendentes de poloneses o amor por sua história, pelo povo que desbravou esta terra e deixou aqui as marcas de sua luta e determinação,  que não podem ser esquecidas.
         Para a próxima edição, contamos com a colaboração de todos que têm algo a acrescentar e enriquecer nosso informativo.
                                                                                                   Dobrze czytać! (boa leitura)



Oração à Virgem de Częstochowa!


Nossa Senhora de Częstochowa, Virgem Santíssima , Mãe de Deus, amada e venerada em vosso glorioso templo de Monte Claro, onde, através dos séculos, cumulastes de graças vosso povo fiel. Vinde em nosso auxílio, salvai-nos. Nós vos suplicamos, assim como livrastes os nossos antepassados de tantos perigos. Ó Mãe bondosa ouve a nossa súplica, protege-nos e conduze-nos a teu filho Jesus. Amém!



ATUAL DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO POLONESA DE ÁGUIA BRANCA

Presidente: Luiz Carlos Cuerci Fedeszen

Vice-presidente: Elias Martins
1º tesoureiro: José Carlos Kubit
Vice-tesoureiro: Luiz Carlos Dalafina
1º secretário: Angela Cuerci Fedeszen Calenzani
Vice-secretário: Janina S. Krok Fedeszen
Conselho Fiscal: Wojciech Antoni Krok, Aureo Cuerci Fedeszen, Otacísio A. Deptuski, Mário Wrublewski, Wilston Luiz L. Rafalski, Valmir Bruno Kubit, Pedro Strezepa, Valter Fernando Krok Fedeszen, Miguel M. Azevedo, Ana S. Deptuski.





NOÇÕES BÁSICAS DE LÍNGUA POLONESA
AULA  01
(Extraído do livro: Manual  Prático para se comunicar- Folha de São Paulo)
FRASES ÚTEIS
(Ao ler a pronúncia imitada, acentue as  partes sublinhadas (normalmente a penúltima sílaba) e você será bem compreendido.
PORTUGUÊS
POLONÊS
PRONÚNCIA
SIM
TAK
TAK
NÃO
NIE
NIE
OBRIGADO (A)
DZIĘKUJĘ
DJENCUIEUM
NÃO, OBRIGADO
NIE  DZIĘKUJĘ
NIE  DJENCUIEUM
POR FAVOR
PROSZĘ
PROCHEUM
NÃO COMPREENDO
NIE ROZUMIEM
NIE  ROZUMIEM
NÃO FALO POLONÊS
NIE MÓWIĘ  PO POLSKU
NIE  MUVIEUM PO POLSCU
NÃO SEI
NIE WIEM
NIE  VIEM
MEU NOME É
NAZYWAM SIĘ
NAZIVAM CHIEUM
BOM DIA/ BOA TARDE
DZIEŃ DOBRY
DJIEM DOBRI
BOA NOITE (QUANDO CHEGA)
DOBRY WIECZÓR
DOBRI VIETCHUR
BOA NOITE ( QUANDO SAI)
DOBRANOC
DOBRANOTZ
TÉ LOGO
DO WIDZENIA
DO VIDZENIA
No site www.busuu.com é possível fazer aulas de polonês on line gratuitamente. Vale a pena acessar!!!


VOCÊ SABIA?????
O dia 03 de maio é o Dia Estadual do Imigrante Polonês, por indicação do Deputado Estadual Luciano Pereira, e o dia 15 de agosto é o Dia Municipal do Imigrante Polonês, por indicação do vereador Marcos Zarowny.


APETITOSAS COMIDAS DA CULINÁRIA POLONESA




 





                                     Receita de Barszcz (sopa de beterraba polonesa)

INGREDIENTES:
- 3 beterrabas médias
- 1 tomate
- 1/2 cebola
- 1 cenoura
- 2 folhas de louro
- 1 tablete de caldo de galinha
- 5 grãos de pimenta preta
- 1 1/2 colher de sopa de vinagre
- 1/2 colher de sopa de açúcar
- 300 g de costelinha de porco defumada
- 300 g de lingüiça calabresa
- salsinha e sal a gosto
- 1 colher de sopa de farinha de trigo
- 250 g de creme de leite sem soro

MODO DE FAZER:Descasque as beterrabas e corte-as em tiras; acrescente o açúcar, misture bem e deixe em separado. Ferva as costelinhas e a linguiça; retire a pele, fatie e reserve. Ferva 2 litros de água em uma panela média e acrescente a cebola, cenoura e tomate cortados em pedaços pequenos; junte todos os demais ingredientes, reservando o creme de leite e a farinha. Deixe ferver até que as beterrabas estejam cozidas (aproximadamente 40 minutos). Antes de desligar, dissolva a farinha de trigo em 1/2 copo de água fria, acrescente à sopa e deixe ferver por mais 2 minutos. Por último, junte à sopa fervente o creme de leite (dissolvido em uma tigela com um pouco do caldo da própria sopa). Desligue e sirva com torradas.




IMPORTANTE!

DEPOIS DE MUITAS REUNIÕES  E COM  APROVAÇÃO DOS SÓCIOS,  O NOVO ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO POLONESA DE ÁGUIA BRANCA ESTÁ EM  VIGOR. FORAM REDEFINIDOS OS DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS. SÃO MUDANÇAS IMPORTANTES QUE VISAM GARANTIR  A CONTINUIDADE DA ASSOCIAÇÃO.  A DATA PARA ADEQUAÇÃO AO NOVO ESTATUTO É 31 DE DEZEMBRO DE 2012. OS SÓCIOS QUE NÃO ESTÃO  EM DIA COM SUAS OBRIGAÇÕES  E OS FILHOS DE SÓCIOS QUE AINDA  NÃO SÃO SÓCIOS,   DEVERÃO PROCURAR  A DIRETORIA PARA FAZER OS ACERTOS, POIS DEPOIS DA DATA LIMITE CADA SITUAÇÃO SERÁ RESOLVIDA CONFORME REZA O ESTATUTO. A ASSOCIAÇÃO ESTÁ  DISPOSTA A ANALISAR E, JUNTO COM O ASSOCIADO, DECIDIR  A MELHOR MANEIRA PARA RESOLVER CADA CASO.                                                            

APROVEITEM ESTA OPORTUNIDADE !



VAMOS CANTAR? Zaśpiewajmy

Sto Lat!

O  
Sto Lat, uma frase polonesa que significa literalmente "cem anos", é usado frequentemente na Polônia para desejar a alguém a boa fortuna. É igualmente uma canção polonesa tradicional cantada para expressar bons desejos.

Sto Lat  Sto Lat
Cem anos, cem anos
Niech zyje zyje nam
Vamos viver, viver
Sto Lat  Sto Lat
Cem anos, cem anos
Niech zyje zyje nam
Vamos viver, viver
Jeszcze raz Jeszcze raz
Mais uma vez, mais uma vez
Niech zyje zyje nam
Vamos viver, viver
Niech zyje nam
vamos viver




FESTA DO IMIGRANTE POLONÊS
A diretoria da Associação Polonesa agradece a todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização da XIII Festa do Imigrante Polonês, que aconteceu em agosto. Agradecemos também aos descendentes e turistas que vieram participar conosco.
AS PORTAS DA POLÔNIA CAPIXABA ESTÃO ABERTAS PARA VOCÊ!




FINADOS 2012


- A Missa  no dia de Finados, será às 10h30min, no Cemitério dos Poloneses. 

- Após a celebração haverá reunião com os sócios.
- A  partir das 8 horas, membros da diretoria estarão à disposição para receber a anuidade e regularizar a situação dos sócios que estão em pendência.

IMPORTANTE:  Seria bom que cada família identificasse e fizesse os reparos necessários n os  túmulos dos falecidos até finados.  É uma forma de mostrar o carinho que temos com nossos entes falecidos. 



NÃO É RESPONSABILIDADE DA ASSOCIAÇÃO FAZER REPAROS NOS TÚMULOS.

INFORMAMOS TAMBÉM QUE A CASA POLONESA ESTARÁ ABERTA PARA  VISITAÇÃO NO DIA DE FINADOS, DE 8H ÀS 13H.





Uma alma em fuga desesperada
         No cemitério dos poloneses de Águia Branca estão guardados os restos mortais de um herói da Segunda Guerra Mundial: o aviador polonês Tadeusz Krok. Ele refugiou-se no Brasil, em 1941, para livrar-se de uma implacável perseguição da Gestapo, tendo escolhido Águia Branca para viver, como se ela fosse um pedaço de sua Polônia.
          Por esse tempo de sua chegada ao Brasil, Krok, que guardava a Polônia dentro de si, quis encontrar em Águia Branca a continuidade da vida que levava no seu país. Mas eram imensas as diferenças. Na Polônia original, Krok havia sido um ás da aeronáutica, enquanto que em Águia Branca ele preencheu tão somente as necessidades dos colonos poloneses em contar com um interlocutor capaz de dialogar com as autoridades brasileiras.
         A sua chegada a Águia Branca ocorreu no ano de 1943. Devido ao seu grau de escolaridade, foi recrutado logo para trabalhar na Sociedade de Colonização de Varsóvia, entidade que controlava a vida da colônia polonesa de Águia Branca.
         O que mais encantou Krok foi encontrar na região, à sua disposição, uma floresta exuberante e razoavelmente intacta. Contudo, não era essa a impressão dos seus patrícios imigrantes. Ao contrario: eles viam na floresta um perigo constante às suas vidas, principalmente por causa das enormes cobras e onças, que volta e meia topavam pelos caminhos. Já para Krok, a nova floresta encontrada era fator de alegria: representava trabalho para ele e a possibilidade de contribuir com informações cientifica à ciência.
          E foi o que ocorreu realmente com ele: mal chegado a Águia Branca, iniciava suas incursões na floresta, capturando animais para enviar para os museus e pegando cobra para o instituto Butantã, que trocava por soro para o uso da colônia polonesa. Tornou-se também  um valioso pesquisador para o instituto Vital Brasil. Voltou  a empalhar animais, principalmente os que eram abatidos nas propriedades dos poloneses, destinando-os aos museus.
         Fora a sua atividade na floresta, representava a comunidade polonesa junto ao governo, defendia os colonos lesados pelos vigaristas ( uma presença muito comum em regiões do Estado habitadas por oriundos europeus). Andou fazendo até o papel de médico. Nas campanhas políticas tinha o hábito de frequentar todos os palanques, sem distinção. Fundou a Obra Social São José, que veio a criar o primeiro ginásio do norte do Estado. Tinha o hábito de reunir as crianças para cantar com elas músicas polonesas.
         Krok era também um poliglota. Falava, além do polonês, espanhol, francês e inglês. Mas na sua casa só permitia que se falasse o polonês.
         Morreu aos 57 anos, sem cumprir o ritual do exilado de levar o corpo para ser enterrado no saudoso pedaço de terra onde transcorreu a sua primeira idade.





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